Venho de longe, bem longe,
da terra de mil caminhos
escuros, sem tabuletas,
sem neons e até sem sinos
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Dos caminhos de mim mesmo
onde o dia é sempre noite
e por mais que eu busque pouso
só o cansaço é meu amigo
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Venho do fundo de um vaso
de gargalo infinito
onde a luz por mais que faça
se resume num só ponto
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Como um sol de microscópio
emitindo um raio apenas
e nesta estrada sem fim
em que o começo é pergunta
só o eco dos meus passos
atestam que vivo e ando
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Venho de longe, bem longe,
dos caminhos de mim mesmo
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Eduardo Melander Filho e Floriano Carvalho de Araújo
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1968
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Alemão
ResponderExcluirNão conhecia esse seu lado sensível e poético.Esta canção é triste,emocionante e linda.
Parabéns!Seu blog está excelente!
abraço,Ana Paula
Mais um talento que descobri em vc.
ResponderExcluirBela surpresa!
Li umas 30 vezes porque o poema tão sonoro tem uma profundidade que remete ao saber das Upanisad e do Tao.
Beijos,
Vanda
Eduardinho,
ResponderExcluirvc já era um poeta desde menino...
Realmente tem a ver com nossa experiência de morte, de vida...de renascimento!
Lindo!
Um grande abraço!
Rosa