segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ORATIO VULTUS ANIMI EST


Imagens da Guarapiranga que podem desaparecer em breve


Professor Eduardo Melander Filho

O discurso é o rosto da alma (oratio vultus animi est). É o que temos insistido em nossos artigos. Infelizmente não iremos mais, a partir dessa data, fazer publicações nesse jornal.
As razões são várias. Uma delas é que devemos dedicar mais tempo ao livro que estamos escrevendo. Outra razão é que estamos nos engajando no Movimento Garça Vermelha (Guarapiranga em Tupinambá), recém criado em defesa da nossa represa. É que recebemos notícias concretas de que, além do “gradeamento” das margens (Parque Nove de Julho), existe um projeto em andamento de construir uma “rodovia" (no sentido lato) adjacente à cerca. A população da área e também de fora não está sabendo, evidenciando algum tipo de desinformação proposital. E defesa do meio ambiente não combina com uma via de rodagem. Somos contra a esse projeto. Como nosso movimento está apenas iniciando, os interessados devem entrar em contato com movimentogarcavermelha@gmail.com a fim de obter informações dos nossos próximos passos. Posteriormente criaremos um blog.
Durante esses dois últimos anos, escrevemos 41 artigos publicados quinzenalmente pela Gazeta de Interlagos, versando sobre: História; Geografia; Arqueologia (inclusive regional); Antropologia; Sociologia; Filosofia e, também História Regional. Foram artigos de interesse da comunidade escolar docente e discente, localizada em escolas particulares, municipais estaduais dessa região. E, também, dirigidos às pessoas interessadas em contribuições de alto nível acadêmico, pois nosso intuito sempre foi o da excelência na produção do conhecimento. Nesse sentido, temos certeza da nossa responsabilidade na elevação da cultura científica como um todo e na implementação (neologismo) de novos horizontes mentais a serem conquistados por parte daqueles que leram e entenderam.
As mensagens que tentamos passar nos artigos foram: em relação à História, que somos conseqüência de nossos atos e de atos daqueles que vieram antes de nós, mas que o futuro é passível de transformação; à Geografia, que apenas somos pessoas de fato quando temos um lugar onde nascer, viver e morrer; à Arqueologia, que nossos antepassados milenares não eram tão diferentes de nós, pois amavam, cantavam e choravam seus mortos; à Antropologia, que as culturas humanas, embora diversas, são que nos fazem identificar com nossos próximos, nos definindo como os homens que somos; à Sociologia, que ninguém é capaz de viver sozinho e que existe algo mais além do que um “eu” indivíduo, que me transmite a um “eu” todo mundo; à Filosofia, que não vale a pena viver a vida sem um sentido para vivê-la, pois sem ética somos como animais comuns acuados e assustados, portanto perigosos.
Gostaríamos de agradecer a todos os leitores do Jornal que, sempre com carinho, nos estimularam nesse nosso caminho. Colocamo-nos à disposição de todos através do endereço eletrônico edmelander@hotmail.com para qualquer tipo de consulta ou contato de qualquer caráter.
Continuaremos escrevendo e publicando artigos em nosso blog
http://edmelander.blogspot.com/, agora sem as ressalvas de um texto limitado por linhas limite, condição editorial que qualquer jornal impõe.
E como se dizia na Roma antiga: Ab inimicis possum mihi ipsi cavere, ab amicis vero non. O significado? A resposta fica para um momento futuro.
Desejamos, a todos e às suas famílias, um feliz natal e próspero ano novo. Nossos agradecimentos também ao Jornal Gazeta de Interlagos, que nos permitiu nessa trajetória.

FONTES:

MELANDER FILHO, Eduardo. Oratio Vultus Animi Est. Gazeta de Interlagos, São Paulo, 04 dez 2009 a 16 dez 2009. História, p. 2.

MELANDER FILHO, Eduardo. Oratio Vultus Animi Est. Gazeta de Interlagos, São Paulo, 04 dez 2009 a 16 dez 2009. Edição 145, p. 2. Disponível em: <
http://www.gazetadeinterlagos.com.br>. Acesso em: 07 dez 2009.

A versão em português que mais se aproxima da frase “ab inimicis possum mihi ipsi cavere, ab amicis vero non” (latim) é “que Deus me proteja dos amigos, que dos inimigos me protejo eu mesmo”, versão essa não publicada no jornal.

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