quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

BIOGRAFIA DE CARLOS HEINRICH

Índio Carajá



HEINRICH, CARLOS (1886-1963).

Obreiro voluntário, médico, pioneiro da Mensagem Adventista no norte de Goiás. Nasceu no dia 2 de julho de 1886 em Hannover, Alemanha. Na sua cidade natal estudou Medicina e em Friedensau cursou Teologia.
Veio para o Brasil em 1909 e em 1912 casou-se com Maria Reichert (1), de cuja união nasceram quatro filhos: Elza, Helmuth, Reid e Carlos.
Algum tempo após seu casamento, penetrou no norte goiano, onde entusiasticamente pregou o Evangelho. No seu ardor evangelístico, fez longas e repetidas viagens a cavalo em companhia de sua esposa. Alcançou até margens do Araguaia (2). Foi fundador da maior Igreja Adventista do norte do Estado de Goiás - Riachão, onde vinte e cinco pessoas foram batizadas no primeiro Batismo (3). Em muitos lugares desta região, podemos encontrar frutos do trabalho deste pregador voluntário (ele não era assalariado).
Faleceu no dia 21 de agosto de 1962, aos 77 anos de idade. Foi sepultado em Riachão.

NOTAS DE RODAPÉ:

(1) – Irmã de Hedwig Reichert Melander, avó de Eduardo Melander Filho.
(2) – Carlos Heinrich foi missionário pioneiro entre os Carajás na Ilha do Bananal.
- Essa biografia foi transcrita da “ENCICLOPÉDIA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA”, salvo algumas pequenas correções ortográficas realizadas por Eduardo Melander Filho, sobrinho-neto do biografado.


Campal Riachão faz parte da história da Igreja Adventista em Goiás

A história da Campal Riachão, que acontece anualmente no mês de julho em Goiás, se confunde com a história da Igreja Adventista no Estado. Isto porque foi na Fazenda Riachão que os pioneiros construíram a primeira igreja em terras goianas, em 1929. O fazendeiro Francisco Nunes foi a primeira pessoa em solo goiano a conhecer a Igreja Adventista, através do trabalho do médico-evangelista Dr. Carlos Heinrich. O médico alemão almejava alcançar o Rio Araguaia, e ensinar o cristianismo entre os indos Karajás, juntamente com sua esposa, a professora Maria Reichert Heinrich. Ao viajar à cavalo pela região da cidade de Niquelândia, o Dr. Carlos encontrou a fazenda com água e bom pasto para o gado, estabelecendo-se ali por algum tempo, fundando a igreja da Fazenda Riachão. Nesta mesma época, a União Sul Brasileira enviou o pastor A. N. Allen, um missionário americano, para que implantasse o trabalho entre os índios, na região do Araguaia.
Ao lado da igreja, o Dr. Carlos construiu também uma escola, aonde sua esposa alfabetizava as crianças da região. Enquanto o casal de alemães se estabelecia na Fazenda Riachão, o pastor Allen prosseguiu sua viagem rumo às tribos Karajás.
Com o avanço da evangelização realizada pelos dois pioneiros na região Centro-Oeste do Brasil, foi criada a Missão Indígena do Araguaia, com sede na Fazenda Piedade, em São Miguel do Araguaia.
Devido as grandes distâncias e as dificuldades de transporte, as visitas pastorais à igreja que crescia na Fazenda Riachão, em Uruaçu, norte de Goiás, eram muito esporádicas. Além das condições desfavoráveis, os missionários enfrentavam forte oposição e perseguição da Igreja Católica na região.
Em 1939, foi fundada a Missão Goiano-Mineira, que cobria os estados de Minas Gerais e Goiás, que também abrangia o território aonde existe hoje o estado do Tocantins. Mesmo assim, o número de pastores era insuficiente para atender sistematicamente todos os membros que aumentavam a cada dia na região.Foi aí que assembléias periódicas começaram a ser realizadas na Fazenda Riachão, recebendo membros de toda a parte, para que pudessem participar de reuniões com o pastor, realizar batismos e casamentos, etc. Em 1956, foi organizada assim a I Campal na Fazenda Riachão.
Desde então, todos os anos, os adventistas de Goiás se reúnem na fazenda, que foi doada oficialmente para igreja, para celebrar a chegada da Igreja Adventista no Estado. A campal Riachão já faz parte do calendário oficial da igreja em Goiás, e recebe acampantes de outros estados, há 52 anos.
Muitos pioneiros, como o Dr. Carlos Heinrich, falecido em 1961; estão sepultados no cemitério da Fazenda Riachão. Em 2006, na festa comemorativa dos 50 anos da Campal, a reunião recebeu o seu maior público: aproximadamente seis mil pessoas acompanharam a programação.


- O artigo acima foi publicado no SITE da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Disponível em: <http://www.ucob.org.br/noticias/ABC/2008/07_17_historia.php>. Acesso em: 29 jan 2009.

Um comentário:

Pedro Paulo Salles disse...

Eduardo, por favor. Vc teria a fonte desta foto do índio Karajá? (nome do fotógrafo ou da fonte)... Obrigado.